Cimento de Cannabis é Ecológico


Composto, entre outros materiais, por cânhamo – uma fibra vegetal que deriva da mesma espécie que a maconha, a Cannabis –, o concreto Hemcrete promete revolucionar a indústria cimenteira, responsável por 7% das emissões de gás carbônico do mundo, segundo dados do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.

O produto, desenvolvido e comercializado na Europa, é fabricado – pela empresa Tradical – a partir da mistura de materiais naturais e, ainda, sequestra carbono do ar. Como? Segundo os produtores, o “milagre” acontece graças ao cânhamo, que absorve CO2 durante seu crescimento.

Apesar da composição natural, ainda pouco conhecida, a empresa fabricante garante que o cimento ecológico não perde suas características: continua sendo impermeável, isolante térmico, à prova de fogo e não apodrece. As únicas diferenças, em comparação ao concreto tradicional, são que o produto é totalmente reciclável, ajuda no combate ao aquecimento global e, ainda, pode ser usado como fertilizante quando as construções são demolidas.

Então, por que o Hemcrete ainda não se espalhou pelo mundo? Ironicamente, o problema está, exatamente, no seu “ingrediente mágico”: o cânhamo. Apesar de possuir um teor de THC muito menor do que a maconha, a fibra vegetal sofre muito preconceito ao redor do mundo. Sua produção é proibida em vários países e as nações que permitem sua fabricação – como a China, o Canadá e alguns países europeus –, o fazem de forma muito controlada.

Na sua opinião, deixar de comercializar o Hemcrete, por conta do seu teor de THC, é certo?

Técnicas de base ecológica

http://www.pronaf.gov.br/dater/index.php?sccid=1976

Auto-Hemoterapia: fortaleça seu sistema imunológico

Hemoterapia: essa é mais uma técnica simples, poderosa e baratíssima para fortalecimento do sistema imunológico, prevenção e cura de uma série de doenças. Tal técnica precisa ser divulgada, estudada e pesquisada por todos. A seguir um vídeo de mais de duas horas, que é uma verdadeira aula de Medicina, com um dos médicos responsáveis, o Dr. Luiz Moura, pela divulgação de tal técnica, que existe desde 1940!

Técnica do Solo Cimento

Inspirado nas possibilidades técnicas e econômicas de antigos métodos, o Prof. Francisco Casanova, aperfeiçoou uma técnica de construção batizada de solo-cimento, capaz de diminuir o custo de construção de uma casa em até 50%, utilizando o próprio solo e um pouco de cimento nas fundações e na confecção de tijolos. A mais recente experiência com este sistema de construção vem sendo realizada na favela do rato Molhado, na baixada fluminense. No município de Cabo Frio já foram construídos 14 sobrados de dois andares a um custo de apenas 172 reais o metro quadrado e em Santa Catarina o Professor apoiou tecnicamente integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST). Cada uma das treze casas de 70 m2 construídas custaram em média R$ 2.500,00 ( dois mil e quinhentos Reais). Para os incrédulos, descrentes de que uma casa de tijolo possa ser erguida com apenas esta quantia, o professor garante que o processo de confecção dos tijolos é muito simples, mas tem que ser monitorado. A proporção de cimento varia entre 5 e 10%, dependendo da consistência do solo, logo a massa deve ser corretamente colocada em prensas manuais ou hidráulicas e compactada. Após serem retirados da prensa, os tijolos devem permanecer num ambiente úmido, sem vento e sem sol, durante uma semana. As peças são produzidas para serem simplesmente encaixadas uma nas outras, dispensando o uso de argamassa.

"A grande economia gerada pelo solo-estabilizado reside no ganho de tempo. A obra leva metade do tempo para ser finalizada em relação à alvenaria convencional", afirma o Prof. Casanova. Uma casa de 50m2, utilizando métodos comuns, por exemplo, leva 60 dias para ficar pronta. Se fosse construída utilizando a técnica do solo-cimento, levaria apenas 40 dias. Na ponta do lápis, se na obra são utilizados os serviços de um pedreiro e dois serventes a R$100 por dia, a economia é de, no mínimo, R$ 2 mil, ou seja, 33% só em mão-de-obra. Segundo o pesquisador, o solo-cimento tem como vantagens adicionais oferecer um conforto térmico e acústico muito superior ao das construções convencionais e o local de obra é muito mais limpo, pois gera muito pouco entulho.

Outro fator que torna o tijolo barato é a economia de energia na sua produção. Para se ter uma idéia, mil tijolos de argila queimada (o tijolo tradicional) precisam de 1 m3 de madeira para ser produzidos, o que equivale mais ou menos a seis árvores de porte médio. O custo do frete também pode ser eliminado, pois o solo do próprio local da obra pode ser utilizado na confecção dos tijolos. Uma outra vantagem ainda é que ao contrário dos tijolos de argila queimada, que quando quebram têm que ser jogados fora, os de solo-cimento podem ser moídos e reaproveitados. A fórmula do invento começou a ser elaborada quando Casanova resgatou o tijolo de solo estabilizado em laboratórios europeus. Depois de se formar em química na UFRJ, passou pela Suíça, França e Portugal como aluno de mestrado e doutorado em engenharia civil pela Coppe. Foi na Europa pós-guerra que foi buscar o remédio para o Brasil sem teto.

Atualmente a ONU estima que, para satisfazer as necessidades mais elementares de moradia no mundo até final do ano 2000, serão necessárias pelo menos 500 milhões de casas. "Baseado no atual cenário econômico-social, o solo se revela como o material com maior vocação para retomar o hábito de compatibilizar, harmonicamente, o projeto arquitetônico, os materiais locais e o sistema construtivo", pondera o pesquisador. O trabalho de Casanova foi reconhecido em reunião anual da UNESCO. Há mais de duas décadas, o professor percorre de favelas a empreiteiras, de prefeituras brasileiras aos governos no exterior, em busca de quem queira financiar o invento, até pouco tempo relegado às prateleiras pelos próprios acadêmicos. Agora, depois do aval das Organizações das Nações Unidas (ONU) e do Musée de Caen, na França, seu projeto começa a sair do papel. Foi depois que o professor expôs seu projeto no Fórum Internacional de Ação Solidária para o Desenvolvimento Social da Unesco, em Paris, há dois anos, e seu estudo publicado em mais de 140 línguas, que suas idéias foram reconhecidas.

Professor Casanova(de azul) recebe prêmio das mãos do ministro da República Dominicana Pedro Velasquez, que tem a sua direita o reitor da UFRJ, Carlos LessaO Governo da República Dominicana acaba de concluir 100 casas populares construídas com técnica brasileira desenvolvida na COPPE pelo professor Francisco Casanova. As moradias foram inauguradas em novembro, durante a 12 ª Cúpula Íbero – Americana, que reuniu governantes de 21 países. No evento, realizado em novembro de 2002, na cidade de São Domingos, na Republica Dominicana, os governantes, entre eles o Presidente Fernando Henrique Cardoso, tiveram a oportunidade de conferir os resultados da técnica desenvolvida no Brasil que, além de custos mais baixos, traz vantagens sócio-ambientais: gera empregos e reduz em 90 % o consumo de energia em relação ao método de construção convencional.

A receita do tijolo de solo estabilizado é simples: mistura-se solo, água e uma pitada de cimento e leva-se a massa para uma prensa. Depois de sete dias protegido do sol, está pronto. Como apoio do CNPq, da Faperj e Finep, Casanova aperfeiçoou a técnica, estudando as peculiaridades dos solos brasileiros e transformando a lição européia em casa dos sonhos por aqui. Feito brinquedo de criança, o tijolo encaixa um no outro, sem necessidade de cimento, até levantar a construção. Depois é só passar um impermeabilizante e aplicar cimento nas colunas de sustentação. A casa pode ser em tons de vermelho, bege, amarelo, branco, dependendo das propriedades do solo. Do ponto de vista da proteção ambiental, o tijolo e o cimento feitos de lixo industrial são ainda mais verdes.

Depois de criar fórmulas com todo tipo de solo, do argiloso ao arenoso, o professor decidiu tentar usar os rejeitos que se acumulavam nos pátios de fábricas de química, metalurgia, siderurgia, mineração, pedreiras e galvanização. Amontoados em galpões, estes resíduos ocupam espaço, poluem o solo e contaminam lençois de água no subsolo. E esse lixo, visto como problema, virou sinônimo de solução. A escória, resíduo das usinas siderúrgicas, é a base para a composição do cimento verde. A cada tonelada de aço produzido, mais de 300 quilos de uma espécie de lava escorre dos altos fornos, a 1600 0C. Resfriada, torna-se uma espécie de areia, formada pela argila do minério de ferro misturada com silício e alumínio: a escória. Volta Redonda virou um paraíso para Casanova. Berço da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a cidade atraiu muitas outras indústrias de base, todas produtoras de matéria-prima para o cimento e o tijolo de Casanova. O cimento de sobrenome "verde", demora mais a secar do que o cimento convencional, mas é mais compacto e resistente. Melhor: não precisa ir para o alto forno, como acontece nas indústrias de cimento Portland, com mérito de economicamente viável.

As cimenteiras são um alvo favorito do professor. Ele critica a Votorantim e a Tupi por não doarem um pouco da escória que compra da CSN para o projeto da prefeitura de Volta Redonda. "Falta à universidade e principalmente ao empresariado o que nos países ricos se denomina de cidadania corporativa", dá bronca. Outras empresas da região, no entanto, colaboraram doando resíduos. "A gente até entende. De alguma forma, vamos concorrer com eles", consola-se o engenheiro Paulo Neto, coordenador do projeto. Não é só o sobrenome que parece traduzir o trabalho de Casanova. O nome Francisco também parece adequado para quem, como ele, costuma subir favelas para ajudar na construção de casas. Ele junta gente em escolas improvisadas e ensina as fórmulas do ramo da construção para serem postas em prática em forma de mutirão. Está caro o tijolo, está caro o cimento? "Organizem-se que eu ensino", diz ele.

Há pelo menos dez mil anos o homem utiliza o solo como material de construção. Como evidência destas técnicas, utilizadas intensivamente pelos gregos e difundidas pelos romanos, temos como vestígios edificações que estão de pé até hoje desafiando o tempo após milhares de anos. No Brasil, cidades como Ouro Preto, Diamantina e Paraty têm em comum quatro séculos de história que testemunham o uso intensivo da taipa-de-pilão, do adobe, e da taipa-de-sopapo ou pau-a-pique. "O solo não é de modo algum um material estranho à nossa herança cultural. Pelo contrário, estas cidades atestam ainda hoje todas as possibilidades destas técnicas", afirma o Casanova. Os métodos de construção utilizando solo foram intensamente utilizados até 1845, quando surgiu um novo material, o cimento Portlant. A partir de meados do século XIX, o solo começou a ser visto como material de segunda categoria e passou a ser utilizado, quase que exclusivamente, nas áreas rurais. "Um grande equívoco", lamenta o pesquisador. Segundo Casanova, esta tecnologia é uma amálgama entre arquitetura, engenharia, tecnologia e liberdade social. "Considero uma ironia que, na era pós-industrial, tenhamos que recorrer as bases de um método utilizado por nossos ancestrais para gerar uma alternativa para a solução do grave problema de déficit habitacional", afirma Casanova.

A utilização de tijolo modular de solo-cimento e de mão de obra em mutirão em construções populares dá prêmio ao Projeto Habitacional Cajuru, na cidade de Sacramento. Entre 523 projetos apresentados por empresas de todo o país, o Projeto Cajuru ganhou o primeiro lugar no Prêmio Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil. A premiação aconteceu no dia 6 de novembro em São Paulo. O coordenador do mutirão, Marcos Antônio da Silva, acompanhado de um dos responsáveis técnicos pela obra, Daniel Bertolucci, esteve na capital paulista para representar a cidade de Sacramento e receber o prêmio.

A idéia do tijolo solo-cimento não é novidade e já foi empregada na construção da Muralha da China, há mais de 4 milênios. De lá para cá, sua utilização sofreu modificações quanto ao uso e formatos, porém em pequena escala, comparado ao processo tradicional de construções. O engenheiro civil recém-formado pela Universidade de Uberaba, Daniel Bertolucci Silva, 24 anos, explica que o tijolo solo-cimento é um material elaborado no próprio canteiro de obras. Os materiais fornecidos pelo solo são misturados com água e cimento. Esta mistura é prensada em uma máquina para adquirir forma. Feita a modelagem, o tijolo sofre processo de cura e após sete dias, pode ser empregado na obra.

"Além de reduzir os custos da obra, o tijolo permite otimização de tempo, elimina o desperdício e facilita seu manuseio e aplicação pelo formato que possui. As peças tem formas côncavas e convexas que permitem um fácil encaixe, como um brinquedo Lego, eliminando assim a necessidade de massa para fazer a emenda das peças". Além disso, Daniel afirma que o tijolo possibilita a edificação de obras com qualidades estruturais, fácil colocação de tubulações para redes hidráulicas, de telefone e de energia. A constituição física do tijolo permite um isolamento térmico e acústico, garantindo conforto ambiental da edificação sob diversas condições climáticas e reduzindo ruídos externos. Esta é a base de pesquisa do engenheiro, que está fazendo mestrado com ênfase em edificações na Universidade de Campinas (Unicamp).

Fonte:
http://www.planeta.coppe.ufrj.br/noticias/noticia000057.html
http://www.planeta.coppe.ufrj.br/planetacoppe.old/noticias/noticia000175.html
http://www.revelacaoonline.uniube.br/cidade/sacramento.html
http://redeglobo5.globo.com/pegn/PegnTV/pegn26112000.htm
acesso em março de 2002
http://www.meusite.pro.br/habitat/casanova.htm
acesso em outubro de 2002
http://www.planeta.coppe.ufrj.br/ acesso em janeiro de 2003
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O que é solo-cimento ou solo estruturado?


Notas Históricas

Muito antes do que se possa imaginar, o solo é utilizado em construções. Pela facilidade de obtenção e grande abundância, a terra misturada com pedras e madeira foram sem dúvida os materiais que serviram como base para a construção em todos os tempos. Antigamente, antes mesmo do nascimento de Jesus, as casas da época eram feitas com uma espécie de mistura de terra batida e madeira, a Taipa. Com o passar dos anos essa técnica de construção foi aperfeiçoada e hoje chegou-se ao solo-cimento, basicamente o princípio permanece o mesmo, usa-se terra batida com um estabilizador para efetuar construções.

Ainda existem castelos na Europa que foram feitos de solo, os quais estão resistindo ao tempo até hoje, há casos no Chile que até terremotos não conseguiram derrubar as construções e situações que depois de uma grande enchente as construções resistiram, demonstrando tratar-se de um material com uma ótima resistência. Podemos também citar um caso em que uma demolição de uma construção foi cancelada e a nova estrutura foi feita por cima das ruínas devido a grande dificuldade de desvencilhar aquele material do terreno.

Existem muitas vantagens e desvantagens para o emprego deste material na construção, como umidade, trincas, etc.

Para evitar esses problemas, procurou-se estabilizar essa terra, aumentando sua resistência e dando a ela características impermeabilizantes. No começo até óleo de baleia foi utilizado na mistura da terra, hoje o material utilizado é o cimento Portland, a cal ou asfalto.

Um material praticamente de graça e em grande abundância, a terra estabilizada atualmente não é empregada mais na construção de casas, porém vem sendo utilizada na construção de contra-pisos em rodovias, em contenção de taludes, estabilização de terrenos, margens de rios, etc..

Casas de solo-cimento começaram a ser estudadas com maior interesse a partir deste século, quando iniciou-se pesquisas e os dados não eram perdidos. Em1934 foi feito o primeiro estudo quantitativo do material, em 1941 uma grande granja foi executada com o solo-cimento.

No Brasil esse sistema construtivo foi iniciado pelos exploradores portugueses, já que não se tem nenhuma evidência de construções realizados por índios nativos. A primeira publicação brasileira a respeito do assunto foi em 1880 no Rio de Janeiro, por Cesar Rainville e intitulado o "Vinhola Brasileiro".

Somente a partir de 1935 que foram feitas pesquisas para o emprego do solo-cimento para bases de estradas, mostrando-se ser um bom material para esta finalidade.

Interesse pelo solo-cimento na construção de casa foi desaparecendo na proporção que outros materiais apareciam no mercado, com grandes facilidades de transporte, construção e melhores padrões estéticos.

Grandes construções recentes no Brasil datam a época de 1950, onde um grande hospital em Manaus foi construído com paredes de solo-cimento. No resto do mundo esta prática também foi abandonada, em poucos casos, como em tempos de guerra, onde existe uma escassez de material, essa técnica é relembrada e colocada em prática.

Está provado hoje que o solo-cimento pode ter muitas utilidades e que sua resistência é muito grande, principalmente em paredes monolíticas. Podemos afirmar que é um material de grande potencial e que seu estudo será de grande utilidade.

neidyr cury neto - fefaap

Permacultura: cultura da permanência

Tijolos em Adobe

Casas Ecológicas e Econômicas

Blog excelente sobre Bio-Livros

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Reserva Particular do Patrimônio Natural

Uma RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica no Brasil.

A criação de uma RPPN é um ato voluntário do proprietário de uma área, que decide transformar toda ou parte desta em uma RPPN, sem que isso ocasione a perda do direito de propriedade. Este tipo de reserva tem o objetivo de promover a educacão ambiental.

Por meio do Decreto nº 98.914/1990, ficou atribuída ao IBAMA a competência de reconhecer estas reservas particulares, a partir da iniciativa de seu proprietário, em áreas onde fossem identificadas condições e caraterísticas que justifiquem ações de conservação, pelo seu aspecto paisagístico, ou para a preservação do ciclo biológico de espécies da fauna e da flora nativas do Brasil.

Com a criação de uma RPPN, fica oficializada uma parceria entre o Poder Público e proprietário das terras, em uma espécie de acordo de cooperação cujo maior beneficiário é o ambiente natural. Isto traz, de formas diretas e indiretas, diversos benefícios ambientais e sociais para os proprietários (e também para a comunidade), entre os quais:

  • Isenção de ITR (Imposto Territorial Rural);
  • Classificação da área como Produtiva, para efeitos de reforma agrária;
  • Facilitação em obter crédito junto ao Fundo Nacional do Meio Ambiente para desenvolvimento de atividades de baixo impacto como o ecoturismo e pesquisa científica;
  • Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPNs em seus perímetros;
  • Reconhecimento oficial da relevância ambiental de sua a propriedade, pelo fato dela passar a fazer parte do SNUC, tornando-se conseqüentemente área prioritária para investimentos em conservação ambiental;
  • Apoio e orientação do Poder Público para o manejo e gerenciamento da RPPN;
  • Oportunidade de ganhos financeiros, através do desenvolvimento de atividades de ecoturismo e educação ambiental, podendo o status de RPPN funcionar como um bom instrumento de marketing;
  • Apoio, cooperação e respeito das organizações ambientalistas.

Não é apenas o proprietário quem se beneficia da criação de tais Unidades de Conservação. Os Municípios que possuem Unidades de Conservação podem ser contemplados com uma parcela maior do ICMS (através do ICMS Ecológico), enquanto a natureza lucra com a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas, o que por sua vez melhora a qualidade de vida da população.

As Reservas Particulares do Patrimônio Natural representam um dos primeiros passos para envolver a sociedade civil na conservação da diversidade biológica, além de estar contribuindo para a proteção de áreas significativas dos diversos biomas existentes em nosso Estado, levando a gerações futuras os benefícios da manutenção da sua biodiversidade e, em muitos casos contribuindo também para a proteção e recuperação de itens importantes como os nossos mananciais hídricos.

Em Mato Grosso do Sul, foi criada em 29 de janeiro de 2003 a REPAMS – Associação dos Proprietários de Reservas Particulares do Mato Grosso do Sul, www.repams.org.br , cujo principal objetivo de fomentar a criação de tais Unidades de Conservação. Atualmente, existem no Estado 28 RPPNs estabelecidas, totalizando uma área protegida de 116.462,28 hectares.

Em São Paulo foi criada em 2001 a FREPESP (Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo), que conta atualmente com 42 RPPNs cadastradas.

Transformar terrenos baldios em hortas

Numa visita que fizemos à cidade de Araxá MG, onde mora uma filha nossa, tivemos uma surpresa interessante. Os proprietários de um lote vago podem disponibilizar o terreno para a prefeitura, que por sua vez o oferece para pessoas plantarem verduras e legumes. Os proprietários do terreno recebem a isenção do IPTU, enquanto os horticultores ganham o preparo dos lotes, água, mudas, fertilizantes e assistência técnica para começar. Atualmente, são mais de cinqüenta hortas no centro e bairros. O programa é chamado “Limpando e Produzindo” e atende famílias de baixa renda, aposentados, desempregados e contribui para melhoria das refeições da família, nas creches e escolas. O excedente é vendido para clientes do bairro, que vão até a horta.

Tivemos o prazer de visitar uma das hortas que era do Sr. Sebastião. Ele mostrou com muito orgulho a linda plantação, dentro do terreno cercado com muro que ele ganhou. Disse que hoje o resultado ajuda bem no sustento da casa. Ele recebe aposentadoria, mas este dinheiro a mais é muito bem vindo. Está plantando principalmente alface, chicória, salsa, cebolinha, brássicas e em volta de toda horta plantou inhame. A produção é facilmente vendida, com procura constante.

Interessante foi o depoimento de uma produtora: “Para mim não tem nada melhor! É um emprego e tanto, porque a gente trabalha perto da casa da gente. A renda é bem melhor do que trabalhar de doméstica. Nós atendemos a todos os vizinhos com verduras novas e frescas”.

Visitamos também uma outra horta que não deu tão certo e o produtor mostrou uma parte do muro que caiu, facilitando a entrada de estranhos, roubando a produção.

Existem muitas iniciativas no mundo para pessoas da cidade plantarem. Na Holanda, conheço o sistema “Volkstuin”, que são áreas da prefeitura ou associações criadas para este fim. Pessoas ou famílias podem adquirir um pedaço de terra de mais ou menos 20 X 20 metros, os lotes têm água à disposição e existem regras para o uso. Lá, os “produtores” da cidade plantam de tudo, inclusive flores para enfeitar a casa. Curtem muito o convívio com seus colegas plantadores, trocando experiências, sementes, mudas e produtos.

Na internet existem “milhares” de sites que mostram atividades no mundo dos agricultores urbanos. Há países e cidades que têm todo um sistema de apoio para estimular esta atividade, que contribui para o consumo de vegetais e o trabalho com a terra evita vícios como álcool, drogas e doenças como depressão e stress. É ótimo para melhorar a qualidade de vida em comunidades.

Parabéns à cidade de Araxá que implantou esta bela idéia.

Joop Stoltenborg

extraído de http://www.aboaterra.com.br/artigos/?id=573

O Casarão


Ecocentro IPEC no Programa Mais Você

CURSO EDUCAÇÃO GAIA - DESIGN EM SUSTENTABILIDADE - RJ 2009

Foi concebido pelo GEESE – Global Ecovillage Educators for a Sustainable Earth, na Ecovila de Findhorn, em 2005 e obteve o endosso da UNITAR – Instituto para Treinamento e Pesquisa das Nações Unidas, que o reconheceu como contribuição oficial à Década Internacional da Educação para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (2004-2014).

Lançado em 2005, já existe em 18 países de 4 continentes. No Brasil, vem sendo realizado, desde 2006, com grande sucesso, pela Secretaria do Verde da cidade de São Paulo. Este ano, acontecerá pela primeira vez No Rio de Janeiro, no Jardim Botânico, na Escola Nacional de Botânica Tropical realizado pela Associação TERRA UNA.

PROGRAMA
O programa aborda 4 dimensões: SOCIAL, ECOLÓGICA, ECONÔMICA E VISÃO DE MUNDO

Módulo Social - (06 a 09 e 13 a 16 de AGOSTO)
Comunicação Não-violenta + Liderança Circular e Tomada de Decisão + Coaching + Comunidade e Diversidade + Facilitação de Conflitos + Biorregionalismo + Saúde e Alimentação + Arte e Celebração

Módulo Ecológico - (10 a 13 e 17 a 20 de SETEMBRO)
Design Integrado e Permacultura + Bioconstrução + Agroecologia, Agricultura Urbana, Periurbana e Sistemas Agroflorestais + Manejo de Água, Energia e Resíduos + Teoria de Gaia + Restauração Ecológica

Módulo Econômico – (05 a 08 e 12 a 15 de NOVEMBRO)
Da Economia Global à Economia Social + Economia Social Solidária + Indicadores de Sustentabilidade + Bancos Éticos e Investimentos Socialmente Responsáveis + Redes de Troca + Moedas Sociais

Módulo Visão de Mundo – (10 a 13 e 17 a 20 de DEZEMBRO)
Cidades em Transição + Dinâmica da Espiral + Gestão da Mente Sustentável + Visão Holística Integrada + Ecologia Profunda + Espiritualidade Socialmente Engajada + Educação e Sustentabilidade

Estágio - (OUTUBRO)
40 horas de estágio (alternadas ou em regime de imersão) em iniciativas que serão indicadas para aprofundamento e prática dos conteúdos estudados

EQUIPE DOCENTE
O corpo docente do curso é formado por educadores e profissionais nacionais e internacionais, que são referência em suas áreas de atuação dentro da esfera da sustentabilidade: May East, Ute Craemer, Jonathan Dawson, Roberto Crema, Peter Webb, Marcos Arruda, Dominic Barter, José Pacheco, Evandro Ouriques, Tomas Lotufo, Patrícia Vaz, Diogo Alvim, Taísa Mattos, Emmanuel Khodja, Filipe Freitas, Ernani Fornari, Flavia Vivacqua e Tatiana Mattos

CARGA HORÁRIA
O Programa tem 216 horas: 4 módulos de 44 horas/aula + 40 horas-aula de estágio. Cada módulo acontecerá em dois finais de semana consecutivos sendo quintas e sextas à noite de 19:00h às 22:30h e sábado e domingo de 10:00h às 18:30h.

FORMAS DE PAGAMENTO
Valor Integral – R$ 490,00 por módulo - (Total R$ 1. 960,00)
Valor Solidário – R$ 370,00 por módulo – (Total R$ 1.480,00)
Faça a opção de pagamento no formulário de inscrições

INSCRIÇÕES
Para se inscrever basta entrar na página: www.gaiabrasil.net onde está disponível o formulário, preencher o formulário completo e enviar. Será enviada confirmação de recebimento.
INSCREVA-SE AQUI
Prazo: PRORROGADO ATÉ DIA 24 julho de 2009

Uma comissão avaliadora fará a seleção dos candidatos e os resultados serão divulgados no dia 27 de julho de 2009.

LINKS DE REFERÊNCIA DO PROJETO
Gaia Education: www.gaiaeducation.com
Educação Gaia Brasil: www.gaiabrasil.net
Terra Una: www.terrauna.org.br

INFORMAÇÕES E CONTATO
Tel: (21) 2221-5202 (Erian) e 9553-3323 (Manuela)
gaia@terrauna.org.br


Filarmônica em São Lourenço

Ecovilas - Reportagem do Globo Repórter