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A Applied Materials é uma das mais importantes companhias americanas das quais você provavelmente nunca ouviu falar. Ela produz máquinas que fazem os microchips que ficam dentro do seu computador. O duro mercado de chips é volátil. Por isso, em 2004, Mike Splinter, o CEO da Applied,decidiu acrescentar um novo negócio para tirar vantagem dos recursos nanotecnológicos da empresa construir as máquinas que fabricam painéis solares.
Há alguns dias, Splinter me levou para um passeio pelas instalações da companhia no Vale do Silício, encerrando com uma visita à "sala deguerra", onde a empresa mantém interação em tempo real com as 14
fábricas de painéis solares construídas ao redor do mundo nos últimosdois anos. Eu só pude rir, porque chorar teria sido muito embaraçoso. Nenhuma fica nos Estados Unidos.
Vejamos: cinco estão na Alemanha, quatro na China, uma na Espanha, umana Índia, outra na Itália, uma em Taiwan e uma em Abu Dhabi.
A razão que leva todos esses outros países a construir indústrias depainéis solares é a que seus governos colocaram em prática os três
pontos necessários ao crescimento de uma indústria de energia renovável:
1) qualquer proprietário de um negócio ou residência pode gerar energia solar,
2) se ele decidir fazer isso, a concessionária de energia tem de conectá-lo à rede,
3) a concessionária tem de comprar a energia por um período predefinido, pagando um preço bom para a família ou a empresa colocar os painéis em seus telhados.
Regulação, preço e conectividade. Foi o que a Alemanha pôs em prática, e isso explica por que o país gera quase metade da energia solar no mundo e, como subproduto, está se tornando o centro para pesquisa, engenharia,produção e instalação no assunto. Com mais de 50 mil novos empregos, a indústria de energia renovável alemã só é superada pela automotiva.
Isso explica o porquê do crescimento consistente da demanda pelo consumo de energia solar nos EUA não ser suficiente para a Applied Materials – a maior fabricante mundial de equipamentos solares – construir uma nova fábrica. Agora mesmo, os subsídios para a instalação de sistemas solares estão pagando o custo da importação de painéis solares fabricados naChina, por trabalhadores chineses, usando equipamento de últimatecnologia inventado na América.
Tenha um bom dia.
– Estamos vendo a industrialização do ramo da energia solar. Nos últimos12 meses, tivemos US$ 1,3 bilhão de retorno – diz Splinter, da Applied,que vende suas fábricas de painéis solares por US$ 200 milhões cada.
Ok, você não acredita que o aquecimento global seja real. Eu acredito,mas vamos supor que não seja. Aqui está o que é indiscutível: o mundoestá caminhando para ter mais 2,5 bilhões de pessoas até 2050, e muitos vão querer viver do jeito americano, um estilo que gasta muita energia.
Em um mundo desses, energia renovável – na qual o custo variável do combustível, sol ou vento, é zero – terá grande demanda.
A China entendeu isso. Os chineses não acreditam mais que possam poluir o caminho até a prosperidade, pois sufocariam até a morte. Essa é a mais importante mudança no mundo nos últimos 18 meses. A China decidiu que a energia limpa será a próxima grande indústria global e está criando um comércio doméstico de massa para a energia solar e eólica, o que criaráuma grande plataforma para exportação.
Em outubro, a Applied inaugurará o maior centro de pesquisa em energia solar do mundo – em Xian, China. É preciso ir até onde os clientes estão.
*O titular da coluna, Paul Krugman, está de férias - Tradução: Pedro Moreira - THOMAS L. FRIEDMAN* | New York Times Service
O Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO, tem por objetivo dar suporte financeiro a programas e projetos que promovam a racionalização do uso e a melhoria dos recursos hídricos, quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos. Os projetos devem ser protocolados no IGAM acompanhados de toda a documentação exigida pela Resolução SEMAD 813, os projetos são submetidos à comissão de análise do IGAM, ao Grupo Coordenador do FHIDRO e ao BDMG no caso de projetos Reembolsáveis e a SEMAD em caso de projetos Não Reembolsáveis.
Recursos 2009 – 75.555..759,00Dar suporte financeiro a programas e projetos que promovam a racionalização do uso e a melhoria, nos aspectos quantitativo e qualitativo, dos recursos hídricos no Estado, inclusive os ligados à prevenção de inundações e o controle da erosão do solo, em consonância com as Leis Federais ndeg.s 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e com a Lei ndeg. 13.199, de 29 de janeiro de 1999.
Modalidades
Recursos não-reembolsáveis
- Beneficiários definidos nos incisos I, III, IV, V e VII. A aplicação dos recursos podem ser exclusivamente para pagamento de despesas de consultoria, reembolso de custos de execução de programas, projetos ou empreendimentos de proteção e melhoria dos recursos hídricos;
O proponente deverá oferecer contrapartida de no mínimo 10% do valor do Projeto.
Recursos reembolsáveis
- Beneficiários definidos nos incisos II, III e VI e VII. Os recursos podem ser ser aplicados na elaboração de projetos, e realização de investimentos fixos e mistos, inclusive aquisição de equipamentos, relativos a projetos de comprovada viabilidade técnica, social, ambiental, econômica e financeira, que atendam aos objetivos do Fundo, mas no caso de proponente ser pessoa jurídica de direito privado com finalidades lucrativas os recursos não poderão incorporar-se definitivamente aos seus patrimônios;
O proponente deverá oferecer contrapartida de no mínimo 20% do valor do Projeto.
Contrapartida financeira assumida pelo Estado
- em operações de crédito ou em instrumentos de cooperação financeira que tenham como objeto o financiamento da execução de programas e projetos de proteção e melhoria dos recursos hídricos, na forma definida na lei estadual 15910.
SEMAD - exercerá as funções de gestor e de agente executor do FHIDRO, bem como de mandatária do Estado para a liberação de recursos não reembolsáveis.
BDMG - O BDMG atuará como mandatário do Estado para contratar operação de financiamento com recursos do Fhidro e para efetuar a cobrança dos créditos concedidos.
IGAM - Secretaria Executiva do FHIDRO (Protocolo, análise técnica, social e ambiental dos projetos).
SEMAD e BDMG - Definir a proposta orçamentária anual do FHIDRO e do seu cronograma financeiro de receita e despesa, traçar as diretrizes de aplicação de recursos do Fundo.
Fontes dos recursos do Fhidro
- 50% (cinqüenta por cento) da cota destinada ao Estado a título de compensação financeira por áreas inundadas por reservatórios para a geração de energia elétrica;
- OutrasDotações consignadas no orçamento do Estado e os créditos adicionais;
10% (dez por cento) dos retornos relativos a principal e encargos de financiamentos concedidos pelo Fundo de Saneamento Ambiental das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça - Prosam;
Os provenientes da transferência de fundos federais;
Os provenientes de operação de crédito interna ou externa de que o Estado seja mutuário;
Os retornos relativos a principal e encargos de financiamentos concedidos com recursos do Fhidro;
Os provenientes da transferência do saldo dos recursos não aplicados pelas empresas concessionárias de energia elétrica e de abastecimento público (Lei nº 12.503);
Os provenientes de doações, contribuições ou legados de pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;
As dotações de recursos de outras origens.
Inspirado nas possibilidades técnicas e econômicas de antigos métodos, o Prof. Francisco Casanova, aperfeiçoou uma técnica de construção batizada de solo-cimento, capaz de diminuir o custo de construção de uma casa em até 50%, utilizando o próprio solo e um pouco de cimento nas fundações e na confecção de tijolos. A mais recente experiência com este sistema de construção vem sendo realizada na favela do rato Molhado, na baixada fluminense. No município de Cabo Frio já foram construídos 14 sobrados de dois andares a um custo de apenas 172 reais o metro quadrado e em Santa Catarina o Professor apoiou tecnicamente integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST). Cada uma das treze casas de 70 m2 construídas custaram em média R$ 2.500,00 ( dois mil e quinhentos Reais). Para os incrédulos, descrentes de que uma casa de tijolo possa ser erguida com apenas esta quantia, o professor garante que o processo de confecção dos tijolos é muito simples, mas tem que ser monitorado. A proporção de cimento varia entre 5 e 10%, dependendo da consistência do solo, logo a massa deve ser corretamente colocada em prensas manuais ou hidráulicas e compactada. Após serem retirados da prensa, os tijolos devem permanecer num ambiente úmido, sem vento e sem sol, durante uma semana. As peças são produzidas para serem simplesmente encaixadas uma nas outras, dispensando o uso de argamassa.
"A grande economia gerada pelo solo-estabilizado reside no ganho de tempo. A obra leva metade do tempo para ser finalizada em relação à alvenaria convencional", afirma o Prof. Casanova. Uma casa de 50m2, utilizando métodos comuns, por exemplo, leva 60 dias para ficar pronta. Se fosse construída utilizando a técnica do solo-cimento, levaria apenas 40 dias. Na ponta do lápis, se na obra são utilizados os serviços de um pedreiro e dois serventes a R$100 por dia, a economia é de, no mínimo, R$ 2 mil, ou seja, 33% só em mão-de-obra. Segundo o pesquisador, o solo-cimento tem como vantagens adicionais oferecer um conforto térmico e acústico muito superior ao das construções convencionais e o local de obra é muito mais limpo, pois gera muito pouco entulho.
Outro fator que torna o tijolo barato é a economia de energia na sua produção. Para se ter uma idéia, mil tijolos de argila queimada (o tijolo tradicional) precisam de 1 m3 de madeira para ser produzidos, o que equivale mais ou menos a seis árvores de porte médio. O custo do frete também pode ser eliminado, pois o solo do próprio local da obra pode ser utilizado na confecção dos tijolos. Uma outra vantagem ainda é que ao contrário dos tijolos de argila queimada, que quando quebram têm que ser jogados fora, os de solo-cimento podem ser moídos e reaproveitados. A fórmula do invento começou a ser elaborada quando Casanova resgatou o tijolo de solo estabilizado em laboratórios europeus. Depois de se formar em química na UFRJ, passou pela Suíça, França e Portugal como aluno de mestrado e doutorado em engenharia civil pela Coppe. Foi na Europa pós-guerra que foi buscar o remédio para o Brasil sem teto.
O Governo da República Dominicana acaba de concluir 100 casas populares construídas com técnica brasileira desenvolvida na COPPE pelo professor Francisco Casanova. As moradias foram inauguradas em novembro, durante a 12 ª Cúpula Íbero – Americana, que reuniu governantes de 21 países. No evento, realizado em novembro de 2002, na cidade de São Domingos, na Republica Dominicana, os governantes, entre eles o Presidente Fernando Henrique Cardoso, tiveram a oportunidade de conferir os resultados da técnica desenvolvida no Brasil que, além de custos mais baixos, traz vantagens sócio-ambientais: gera empregos e reduz em 90 % o consumo de energia em relação ao método de construção convencional.
Há pelo menos dez mil anos o homem utiliza o solo como material de construção. Como evidência destas técnicas, utilizadas intensivamente pelos gregos e difundidas pelos romanos, temos como vestígios edificações que estão de pé até hoje desafiando o tempo após milhares de anos. No Brasil, cidades como Ouro Preto, Diamantina e Paraty têm em comum quatro séculos de história que testemunham o uso intensivo da taipa-de-pilão, do adobe, e da taipa-de-sopapo ou pau-a-pique. "O solo não é de modo algum um material estranho à nossa herança cultural. Pelo contrário, estas cidades atestam ainda hoje todas as possibilidades destas técnicas", afirma o Casanova. Os métodos de construção utilizando solo foram intensamente utilizados até 1845, quando surgiu um novo material, o cimento Portlant. A partir de meados do século XIX, o solo começou a ser visto como material de segunda categoria e passou a ser utilizado, quase que exclusivamente, nas áreas rurais. "Um grande equívoco", lamenta o pesquisador. Segundo Casanova, esta tecnologia é uma amálgama entre arquitetura, engenharia, tecnologia e liberdade social. "Considero uma ironia que, na era pós-industrial, tenhamos que recorrer as bases de um método utilizado por nossos ancestrais para gerar uma alternativa para a solução do grave problema de déficit habitacional", afirma Casanova.
A utilização de tijolo modular de solo-cimento e de mão de obra em mutirão em construções populares dá prêmio ao Projeto Habitacional Cajuru, na cidade de Sacramento. Entre 523 projetos apresentados por empresas de todo o país, o Projeto Cajuru ganhou o primeiro lugar no Prêmio Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil. A premiação aconteceu no dia 6 de novembro em São Paulo. O coordenador do mutirão, Marcos Antônio da Silva, acompanhado de um dos responsáveis técnicos pela obra, Daniel Bertolucci, esteve na capital paulista para representar a cidade de Sacramento e receber o prêmio. Uma RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica no Brasil.
A criação de uma RPPN é um ato voluntário do proprietário de uma área, que decide transformar toda ou parte desta em uma RPPN, sem que isso ocasione a perda do direito de propriedade. Este tipo de reserva tem o objetivo de promover a educacão ambiental.
Por meio do Decreto nº 98.914/1990, ficou atribuída ao IBAMA a competência de reconhecer estas reservas particulares, a partir da iniciativa de seu proprietário, em áreas onde fossem identificadas condições e caraterísticas que justifiquem ações de conservação, pelo seu aspecto paisagístico, ou para a preservação do ciclo biológico de espécies da fauna e da flora nativas do Brasil.
Com a criação de uma RPPN, fica oficializada uma parceria entre o Poder Público e proprietário das terras, em uma espécie de acordo de cooperação cujo maior beneficiário é o ambiente natural. Isto traz, de formas diretas e indiretas, diversos benefícios ambientais e sociais para os proprietários (e também para a comunidade), entre os quais:
Não é apenas o proprietário quem se beneficia da criação de tais Unidades de Conservação. Os Municípios que possuem Unidades de Conservação podem ser contemplados com uma parcela maior do ICMS (através do ICMS Ecológico), enquanto a natureza lucra com a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas, o que por sua vez melhora a qualidade de vida da população.
As Reservas Particulares do Patrimônio Natural representam um dos primeiros passos para envolver a sociedade civil na conservação da diversidade biológica, além de estar contribuindo para a proteção de áreas significativas dos diversos biomas existentes em nosso Estado, levando a gerações futuras os benefícios da manutenção da sua biodiversidade e, em muitos casos contribuindo também para a proteção e recuperação de itens importantes como os nossos mananciais hídricos.
Em Mato Grosso do Sul, foi criada em 29 de janeiro de 2003 a REPAMS – Associação dos Proprietários de Reservas Particulares do Mato Grosso do Sul, www.repams.org.br , cujo principal objetivo de fomentar a criação de tais Unidades de Conservação. Atualmente, existem no Estado 28 RPPNs estabelecidas, totalizando uma área protegida de 116.462,28 hectares.
Em São Paulo foi criada em 2001 a FREPESP (Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo), que conta atualmente com 42 RPPNs cadastradas.
Numa visita que fizemos à cidade de Araxá MG, onde mora uma filha nossa, tivemos uma surpresa interessante. Os proprietários de um lote vago podem disponibilizar o terreno para a prefeitura, que por sua vez o oferece para pessoas plantarem verduras e legumes. Os proprietários do terreno recebem a isenção do IPTU, enquanto os horticultores ganham o preparo dos lotes, água, mudas, fertilizantes e assistência técnica para começar. Atualmente, são mais de cinqüenta hortas no centro e bairros. O programa é chamado “Limpando e Produzindo” e atende famílias de baixa renda, aposentados, desempregados e contribui para melhoria das refeições da família, nas creches e escolas. O excedente é vendido para clientes do bairro, que vão até a horta. Tivemos o prazer de visitar uma das hortas que era do Sr. Sebastião. Ele mostrou com muito orgulho a linda plantação, dentro do terreno cercado com muro que ele ganhou. Disse que hoje o resultado ajuda bem no sustento da casa. Ele recebe aposentadoria, mas este dinheiro a mais é muito bem vindo. Está plantando principalmente alface, chicória, salsa, cebolinha, brássicas e em volta de toda horta plantou inhame. A produção é facilmente vendida, com procura constante. Interessante foi o depoimento de uma produtora: “Para mim não tem nada melhor! É um emprego e tanto, porque a gente trabalha perto da casa da gente. A renda é bem melhor do que trabalhar de doméstica. Nós atendemos a todos os vizinhos com verduras novas e frescas”. Visitamos também uma outra horta que não deu tão certo e o produtor mostrou uma parte do muro que caiu, facilitando a entrada de estranhos, roubando a produção. Existem muitas iniciativas no mundo para pessoas da cidade plantarem. Na Holanda, conheço o sistema “Volkstuin”, que são áreas da prefeitura ou associações criadas para este fim. Pessoas ou famílias podem adquirir um pedaço de terra de mais ou menos 20 X 20 metros, os lotes têm água à disposição e existem regras para o uso. Lá, os “produtores” da cidade plantam de tudo, inclusive flores para enfeitar a casa. Curtem muito o convívio com seus colegas plantadores, trocando experiências, sementes, mudas e produtos. Na internet existem “milhares” de sites que mostram atividades no mundo dos agricultores urbanos. Há países e cidades que têm todo um sistema de apoio para estimular esta atividade, que contribui para o consumo de vegetais e o trabalho com a terra evita vícios como álcool, drogas e doenças como depressão e stress. É ótimo para melhorar a qualidade de vida em comunidades. Parabéns à cidade de Araxá que implantou esta bela idéia. Joop Stoltenborg
extraído de http://www.aboaterra.com.br/artigos/?id=573 |